Educação
escolar de pessoas com surdez- atendimento educacional especializado em
construção.
O
AEE PS, na perspectiva inclusiva, estabelece como ponto de partida a
compreensão e o reconhecimento do potencial e das capacidades desses seres
humano, vislumbrando o seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. E deve ser
visto como construção e reconstrução de experiências e vivências conceituais.
Dessa forma, o AEE PS precisa ser pensado em redes interligadas, sem
hierarquização de conteúdo, sem dicotomizações, reducionismo, mas com uma ação
conectada entre o pensar e o fazer pedagógico.
Segundo
Damázio (2005), a pedagogia contextual relacional, encontra-se
em formar o ser humano, com base em contextos significativos, em que se procura
desenvolvê-la em todos os aspectos possíveis, tais como: na vontade, na
inteligência, no conhecimento e em ideias sociais, nesse contexto, o aluno com
surdez se sentirá situado e compreenderá com mais facilidade os conteúdos em
estudo.
A
prática pedagógica do AEE PS, é organizada por meio de contextos, está
alicerçada nas representações sociais e nos legados culturais e científicos da
humanidade. Para assegurarmos a
aprendizagem significativa em prol das pessoas com surdez na escola comum,
precisamos romper com vários empecilhos, que, segundo Damázio (2005), impedem o
desenvolvimento e provocam a repetência e a evasão, ocasionando o processo
escolar.
Para
romper com essa confusão nas práticas profissionais que atuam em prol da
educação desses alunos, apresentamos de forma didático o trabalho do AEE PS,
segundo Damázio (2005:69-123), envolvendo os três momentos
didático-pedagógicos, que são:
·
Atendimento Educacional Especializado EM
LIBRAS;
·
Atendimento Educacional Especializado
para o ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA;
·
Atendimento Educacional Especializado
para o ensino DE LIBRAS.
O
atendimento do AEE em Libras ocorre diariamente, em horário contrário ao da
sala de aula comum. Nesse atendimento, o professor acompanha o plano de
conteúdo oficial da escola de acordo com a série ou ciclo que o aluno está
cursando. Os professores utilizam imagens visuais e, quando o conceito é muito
abstrato, recorrem a outros recursos, como o teatro, por exemplo.
Há
também inúmeras propostas de educação lingüística da pessoa com surdez, com
destaque para o ensino de Português, condicionado à aprendizagem de Libras –
esta como primeira língua; aquela como segunda língua; ou a discussão polêmica
entre língua e identidade e cultura surda; ou língua do surdo versus língua do
ouvinte; o a língua portuguesa como íngua estrangeira na aquisição pelas
pessoas com surdez; ou aprendizagem do Português como interlíngua pela pessoa
com surdez ( como se fosse a pessoa com surdez
um estrangeiro ou estranho na língua de seu país).
Acredita-se
no ensino de português como produtivo para as pessoas com surdez, numa
perspectiva inclusiva, e concebendo língua e linguagem como processo de
interação e uso nas práticas sociais.
Assim, conforme diz Martins (1982), ler é – além da atribuição de
significados á imagem gráfica segundo o sentido que o escritor lhe atribui – a
relação estabelece com a própria experiência, por meio do texto.
As
aulas da AEE para o ensino do PE são preparadas segundo o desenvolvimento e
aprendizagem do aluno com surdez. O professor do AEE dianostica e analisa o
estágio de todo o desenvolvimento do aluno, relação à Língua Portuguesa –
leitura e escrita – procurando compreender em qual estágio esse aluno se
encontra, no domínio da língua.
REFERÊNCIA:
Coletânea
UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo
05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional
Especializado em Construção, p. 46-57.