domingo, 29 de junho de 2014

A relação do texto ''Modelo dos modelos'' de Ítalo Calveno com o Atendimento Educacional Especializado.

A relação do texto ''Modelo dos modelos''  com o AEE fez com que refletisse o modelo de escola que excluiu sem valorização das diversidades. Para o senhor Palomar o modelo ideal seria um que ''procedesse as correções necessárias para que  modelo e realidade coincidam''. Relacionando com AEE sabemos que de acordo com o MEC (2006) a organização do sistema educacional orientada nos princípios da educação inclusiva possibilita quebrar o ciclo de exclusão, desafiar os preconceitos, dar visibilidade as pessoas com deficiência e oportunidade para que essas construam seu próprio futuro.  No entanto o processo de inclusão exige mudanças nas práticas pedagógicas  rompendo as atitudes descriminatórias.

''A regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando: agora já desejava uma grande variedade de modelos se possível transformáveis uns nos outros segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no tempo e no espaço.''

No AEE é fundamental que considere as diferentes áreas do conhecimento os aspectos relacionados ao estágio de desenvolvimento cognitivo dos alunos, favorecendo a aprendizagem centrada nas potencialidades dos alunos. Como acontece com o senhor Palomar deve se apagar da mente os modelos de modelos pois devemos respeitar as especificidades, acolher todos, independente de suas condições físicas intelectuais e outros. Contribuindo assim com uma educação de qualidade para todos.



domingo, 8 de junho de 2014

Recursos e Estratégias em Baixa Tecnologia para Apoio  ao Desenvolvimento das Pessoas com  Transtorno  Global do Desenvolvimento  TGD



Os recursos  em baixa tecnologia tem por objetivo  favorecer  o desenvolvimento  da comunicação e interação  social  dos alunos com Transtorno  Global do Desenvolvimento . Efetivando sua participação na sala de aula regular  ou na Sala de Recurso e pode ser utilizado por toda a pessoa que esteja em processo de apropriação  da comunicação e escrita.


Cartões de comunicação





No ambiente escolar os cartões de comunicação podem ser utilizados para contar uma história conhecida que pode ser realizado pelo professor de AEE e da sala comum, reconto da história pelo aluno e também em parceria com os outros alunos da sala comum bem como pode ser utilizados para a produção de uma história, um relato e etc.


Avental




É um avental confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança responde através do olhar.

Chaveiro de comunicação



O chaveiro de comunicação pode ser construído utilizando-se de objetos ou símbolos, letras, sílabas , palavras, frases ou números. eles são personalizados de acordo com as possibilidades cognitivas visuais e motora do aluno. Pode se levado para qualquer ambiente como auxílio na sua autonomia e socialização. É um recurso prático. São fichas com figuras importantes para a comunicação, unidas no canto superior por uma argola de chaveiro, de forma a se poder trocar as figuras com facilidade. Uma alça larga também está inserida na argola, para possibilitar que o chaveiro fique pendurado ao pescoço do estudante. Os chaveiros podem ser confeccionados de acordo com o ambiente que o aluno frequentar.



sábado, 19 de abril de 2014




Surdocegueira e deficiência múltipla


 Surdocegueira

É uma terminologia adotada mundialmente para se referir a pessoas que têm perdas visuais e auditivas concomitantes em graus diferentes.

Indivíduos com surdocegueira demonstram dificuldade em observar, compreender e imitar o comportamento de membros da família ou de outros que venham a entrar em contato, devido a combinação das perdas visuais  e auditivas que apresentam.

É necessário incentivar e ensinar a pessoa com surdocegueira a como usar sua visão e audição residuais, assim como outros sentidos remanescentes provendo-as de informações sensoriais necessárias que suscitem sua curiosidade.

A necessidade de uma pessoa para mediar e trazer estas informações de maneira integral e coerente se torna imprescindível. Sua comunicação inicial é pelo movimento corporal e vocalizações, eles precisam aprender por rotinas organizadas, por isto, o recurso pedagógico utilizado será a caixa de antecipação que se tornará sua primeira estratégia de comunicação.

Deficiência múltipla

São consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que têm mais de uma deficiência associada.  É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social  (MEC/SEEP 2002). 
      
Pessoas com deficiência múltipla lançam desafios à escola e aos profissionais que com elas trabalham no que diz respeito à elaboração de situações de aprendizagem  a serem desenvolvidos para que sejam alcançados resultados positivos ao longo do processo de  inclusão.

Alunos com deficiência múltipla constituem um grupo com características específicas e peculiares e, consequentemente com necessidades únicas. Por isso, faz-se necessário dar atenção a dois aspectos importantes: a comunicação e o posicionamento.

Todas as interações de comunicação e atividades de aprendizagem devem respeitar a individualidade e a dignidade de cada aluno com deficiência múltipla.

A deficiência múltipla é uma condição que resulta de uma etiologia congênita ou adquirida. Esses mesmos autores referem ainda que não se trata  da somatória de deficiências. Segundo Nielsen, é difícil para uma pessoa lidar com uma deficiência se seus recursos são insuficientes por outra deficiência.

Todas as pessoas se comunicam, ainda que em diferente níveis de simbolização e com formas de comunicação diversas; assim considera-se que  qualquer comportamento poderá ser uma tentativa de comunicação.

Servem como recursos para comunicação da pessoa com deficiência múltipla os objetos de referência, que são instrumentos que têm significados especiais, os quais têm a função de substituir palavra e, assim, podem representar pessoas, objetos, lugares, atividades ou conceitos associados a eles segundo Maya et al (2008).

Referências:

- BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley 
R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva 
da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência 
Múltipla (2010). 


- IKONOMIDIS, Vula Maria. Apostila sobre “Deficiência Múltipla Sensorial”,2010 sem publicar.

- MAIA, Shirley Rodrigues. Aspectos Importantes para saber sobre Surdocegueira e Deficiência Múltipla. Texto elaborado para a disciplina AEE na Deficiência Múltipla e na Surdocegueira, 2011.













domingo, 23 de março de 2014


Educação escolar de pessoas com surdez- atendimento educacional especializado em construção.

O AEE PS, na perspectiva inclusiva, estabelece como ponto de partida a compreensão e o reconhecimento do potencial e das capacidades desses seres humano, vislumbrando o seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. E deve ser visto como construção e reconstrução de experiências e vivências conceituais. Dessa forma, o AEE PS precisa ser pensado em redes interligadas, sem hierarquização de conteúdo, sem dicotomizações, reducionismo, mas com uma ação conectada entre o pensar e o fazer pedagógico.
Segundo Damázio (2005), a pedagogia contextual relacional, encontra-se em formar o ser humano, com base em contextos significativos, em que se procura desenvolvê-la em todos os aspectos possíveis, tais como: na vontade, na inteligência, no conhecimento e em ideias sociais, nesse contexto, o aluno com surdez se sentirá situado e compreenderá com mais facilidade os conteúdos em estudo.
A prática pedagógica do AEE PS, é organizada por meio de contextos, está alicerçada nas representações sociais e nos legados culturais e científicos da humanidade.  Para assegurarmos a aprendizagem significativa em prol das pessoas com surdez na escola comum, precisamos romper com vários empecilhos, que, segundo Damázio (2005), impedem o desenvolvimento e provocam a repetência e a evasão, ocasionando o processo escolar.
Para romper com essa confusão nas práticas profissionais que atuam em prol da educação desses alunos, apresentamos de forma didático o trabalho do AEE PS, segundo Damázio (2005:69-123), envolvendo os três momentos didático-pedagógicos, que são:

·      Atendimento Educacional Especializado EM LIBRAS;
·      Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA;
·      Atendimento Educacional Especializado para o ensino DE LIBRAS.

O atendimento do AEE em Libras ocorre diariamente, em horário contrário ao da sala de aula comum. Nesse atendimento, o professor acompanha o plano de conteúdo oficial da escola de acordo com a série ou ciclo que o aluno está cursando. Os professores utilizam imagens visuais e, quando o conceito é muito abstrato, recorrem a outros recursos, como o teatro, por exemplo.
Há também inúmeras propostas de educação lingüística da pessoa com surdez, com destaque para o ensino de Português, condicionado à aprendizagem de Libras – esta como primeira língua; aquela como segunda língua; ou a discussão polêmica entre língua e identidade e cultura surda; ou língua do surdo versus língua do ouvinte; o a língua portuguesa como íngua estrangeira na aquisição pelas pessoas com surdez; ou aprendizagem do Português como interlíngua pela pessoa com surdez ( como se fosse a pessoa com surdez  um estrangeiro ou estranho na língua de seu país).
Acredita-se no ensino de português como produtivo para as pessoas com surdez, numa perspectiva inclusiva, e concebendo língua e linguagem como processo de interação e uso nas práticas sociais.  Assim, conforme diz Martins (1982), ler é – além da atribuição de significados á imagem gráfica segundo o sentido que o escritor lhe atribui – a relação estabelece com a própria experiência, por meio do texto.
As aulas da AEE para o ensino do PE são preparadas segundo o desenvolvimento e aprendizagem do aluno com surdez. O professor do AEE dianostica e analisa o estágio de todo o desenvolvimento do aluno, relação à Língua Portuguesa – leitura e escrita – procurando compreender em qual estágio esse aluno se encontra, no domínio da língua.

REFERÊNCIA:
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.


domingo, 1 de dezembro de 2013

Audiodescrição


A audiodescrição é o recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual em cinema, teatro e programas de televisão. No Brasil, segundo dados do IBGE, existem aproximadamente 16,5 milhões de pessoas com deficiência visual total e parcial, que encontram-se excluídos da experiência audiovisual e cênica.

 “Dizem que uma imagem vale mais do que 1000 palavras, pois bem, a audiodescrição é muito mais que as tais 1000 palavras.”
Marco Antonio de Queiroz, cego, autor do site Bengalalegal, em entrevista sobre sua participação como jurado do Festival de Cinema Assim Vivemos 2007.


O uso pedagógico da audiodescrição

A audiodescrição é um recurso pedagógico que permite aos deficientes  visuais interagirem com os demais facilitando a aprendizagem, pois eles têm a oportunidade de participarem  em igualdade de condições tendo informações necessárias para entender espetáculos, shows, filmes e outros produtos visuais.
Lourilene Chaves



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Atividade para favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual

BLOCO LÓGICO Os blocos lógicos são de grande utilidade para crianças, auxiliando-a na elaboração do raciocínio, passando gradativamente do concreto para o abstrato. Com o auxilio dos “Blocos lógicos”, a criança organiza o pensamento, assimilando conceitos básicos de cor, forma, e tamanho, além de realizar atividades mentais, comparação, classificação e ordenação.
Descrição de material: Constitui-se de 48 peças, que combinam quatro atributos em cada uma sendo: • Tamanho (grande pequeno). • Cor (amarelo, azul e vermelho). • Forma (círculo, quadrado, retângulo e triângulo). Os mecanismos de aprendizagem que serão desenvolvidos: atenção, memória, motivação. Com base no jogo o professor do AEE deverá fazer as seguintes intervenções: Relacionar as figuras geométricas com objetos do cotidiano do aluno; caracterizar as formas de acordo com seu atributos, cor, forma, tamanho, e espessura; ordenar as peças utilizando critério próprio, determinado pela criança.

domingo, 8 de setembro de 2013

recursos de tecnologia assistiva

A tesoura adaptada com suporte fixo 
Para que o aluno possa participar do trabalho de recorte e colagem.



O engrossador de lápis 

Melhorar a posição da mão, facilitando a aquisição da escrita.